Lugo: Museo Provincial
Espazo biográfico Praza da Soidade, s/n, LugoAntonio Fernández López é unha figura central na biografía de Carvalho.
Creador da Escola da Granxa de Barreiros en Sarria (1950), do Colexio Fingoi
(1950), membro con Ricardo da Fundación Penzol (1963) e Fillo Predilecto da
Provincia de Lugo (1971), foi un importante mecenas do Museo Provincial de Lugo
(MPL) e vogal da súa Xunta Reitora. Fixo
moitas achegas económicas, doou cadros, patrocinou exposicións e
publicacións e concedeu a Mª Victoria Carballo-Calero Ramos unha bolsa para
catalogar as obras de arte do MPL, cuxas obras de reforma acometeu o
“arquitecto” de don Antonio, Manuel Gómez Román. Aquí a homenaxe de Ricardo a
don Antonio.
“Durante todo este tempo que ostentei aquel cargo (refírese ao de Director
do Colexio Fingoi) sustivem umha relaçom quase diária com o Presidente do
Patronato, fundador da instituiçom e grande mecenas da cultura galega dom
António Fernández Lôpez. Em circunstáncias para mim nom doadas, dom António sem
conhecer-me persalmente, ofreceu-me a direcçom do Centro que ideara, e a
política cultural, pedagógica e administrativa daquela entidade foi traçada
decote por el e por mim em incesantes entrevistas. Vivia eu interno no Centro,
e dom António nas proximidades do mesmo. Tínhamos, à parte das reunions com o
profesorado ou com o Patronato, conferências quase diárias. Dom António
personava-se no Centro assi que lhe era possível, e mantínhamos longuíssimas
conversas, em que discutiamos com toda liberdade os problemas pendentes. Home
de exquisita cortesia, modesto e singelo no seu trato, chegámos à força de luir
os nossos cerebros mediante o contraste contínuo de opinions, a estimar-nos
mutuamente e a ser verdadeiros amigos. El era, sob umha aparência reservada e
correctamente impassível, um sentimental, que por alto sentido da dignidade
professava umha moral estóica, ao menos polo que se referia às suas exigências
para consigo mesmo. Era um home ingénuo, no sentido nobre da palabra, a quem os
desenganos fixeram, numha dolorsa experiência, desconfiar da sinceridade e
generosidade dos mais. Home de vida austera, quase ascética, pai de doze filhos
aos que amou com amor afervorado, gastou somas elevadas de dinheiro e energia
mental em servir à sua terra. A caridade, a filantropia, todas as formas de
cultura tivérom nel, mais que um condescendente favorecedor, um servidor leal.
Muito lhe deve o Museu de Lugo, construído polo grande arquitecto Gômez Romám,
autor tamém do edifício do Colégio e da própria vivenda próxima do seu
fundador.
Foi para mim um dia de profunda afliçom aquel em que tivem de trasladar-me
precipitadamente a Lugo para dar-lhe o meu derradeiro adeus e assistir às
honras fúnebres que se tributárom a um dos homes mais bons e mais
autenticamente galegos que tenho conhecido”.
“Quinze anos em Lugo", 113-121, Letras galegas
(A Coruña: AGAL), 1984. Conferencia no Centro Lucense de Buenos Aires
pronunciada o 25 de xullo de 1974.